Thursday 31 May 2007

O Funcionário Público

Ora aqui temos um exemplo de um funcionário público a trabalhar para ser promovido... ou então não.

Wednesday 30 May 2007

Friday 25 May 2007

Sampaio? Não Obrigado!

Vale apena ler o seguinte texto publicado no Blog de José Maria Martins:
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Para além de falar no facto de Jorge Sampaio ter pedido mais uma maioria absoluta para o PS, coisa que já é habitual em Sampaio, José Maria Martins toca num ponto quanto a mim muito interessante e que nunca tive oportunidade para falar. Aqui vai, e aviso já que o texto é longo:

Era bom que se explicasse porque é que quando Santana Lopes era presidente da Câmara Municipal de Lisboa e queria construir um casino no Parque Mayer, se fez tudo e mais alguma coisa para boicotar o projecto, quando esse casino tinha como objectivo primordial revitalizar uma zona abandonada na cidade de Lisboa dando um importante contributo para a reabertura do teatro do Parque Mayer e sobretudo dar aos lisboetas mais um espaço de lazer, onde só ia ao casino quem queria.

O que se passou na altura, foi quanto a mim uma amostra do que viria a ser mais tarde o ataque da oposição e da comunicação social ao governo liderado por Santana Lopes. Nos telejornais comentadores enchiam o tempo de informação a criticar um novo casino em Lisboa, foi até feito um debate sobre isso no programa de Fátima Campos Ferreira – Prós e Contras – sobre se seria mesmo necessário um novo casino em Lisboa, onde até se chegou ao cumulo de dizer que com um novo casino os lisboetas iam aí gastar o seu dinheiro e como tal iam passar por dificuldades financeiras para além de a própria moderadora tomar partido por um dos lados, bastou estar a atento ao programa para perceber isso. E certamente que não foi só ela, bastava assistir aos debates televisivos da altura.

Entretanto Santana Lopes apoiado por uma maioria parlamentar, eleita pelos portugueses, foi substituir Durão Barroso como primeiro-ministro e o assunto casino acabou por ser esquecido. Esquecido é como quem diz… hoje há um novo casino em Lisboa na zona do Parque das Nações e não ouvi ninguém criticar a existência, ou sequer a localização do novo casino, não vi comentadores nos telejornais preocupados com um novo casino como no tempo de quando era para ir para o Parque Mayer, não voltámos a ver no programa de Fátima Campos Ferreira o assunto «casino» ser debatido, mas o que continuamos a ver é o Parque Mayer e zona envolvente a necessitar urgentemente de revitalização.

Toda esta altura foi muito conturbada politicamente e como tal as coisas têm de ser ligadas, por isso vou continuar com o meu raciocino.
Na altura o Partido Socialista era liderado por Ferro Rodrigues que claramente não é da ala de Sampaio, como tal e sobre a decisão de convocar ou não eleições, Sampaio acabou por aceitar a muito custo a proposta da maioria parlamentar para empoçar Santana Lopes como primeiro-ministro. Desde o primeiro dia que o suposto garante da estabilidade politica em Portugal – O presidente da República – tinha posto em xeque esse governo, desde o primeiro dia de governação esse governo foi alvo de um dos mais violentos ataques dos media que há memória, não faltando o famoso artigo da “boa e má moeda do actual Presidente da República. Não havia um dia que não fosse um comentador criticar as decisões do governo, nos debates televisivos e voltando o programa Prós e Contras, Fátima Campos Ferreira até bricou em tom de gozo – e não foi suspensa – com o ministro das finanças da altura sobre a sua proposta de baixar o IVA nas fraldas – coisa que actualmente foi adoptada pela União Europeia – em contra ponto foi há pouco tempo o ministro da saúde limpar a sua imagem ao mesmo programa onde foi tratado como um intocável. É interessante constatar esta diferença de tratamento perante dois ministros de governos diferentes.

Mais tarde a Assembleia da República eleita democraticamente pelos portugueses foi inadmissivelmente dissolvida sem nenhuma explicação plausível e consequentemente Santana Lopes demitiu-se. Não posso deixar de referir no entanto que para Sampaio, Santana Lopes não passou de um fantoche, pois apenas esperou o tempo do PS mudar de líder para convocar novas eleições sem uma justificação. Jorge Sampaio fez um golpe de estado palaciano sem pensar no país mas sim nos interesses do seu partido.

Como é sabido o PS ganhou as eleições com muita mentira nas suas promessas ao que alguns jornalistas justificam como sendo normal prometer uma coisa em campanha e no fim fazer outra. Normal!? Mas em que estado é que nós estamos que aceita que se minta ao povo desta forma?
Em forma de pagamento pelos serviços prestados Jorge Sampaio numa das suas últimas acções condecorou praticamente todas as personalidades que antes tinham tido um papel fundamental para a descredibilização do governo liderado por Santana Lopes e até mesmo na descredibilização do seu projecto do casino no Parque Mayer.

O ciclo fechou-se com a eleição de Cavaco Silva para presidente da república que apesar de muito preocupado enquanto Santana Lopes era primeiro-ministro, não o vejo preocupado com o aumento da emigração dos portugueses, não o vejo preocupado com a subida de impostos, não o vejo preocupado com a queda vertiginosa do poder de compra dos portugueses etc…Enfim, não o vejo minimamente preocupado com nada que se passe em Portugal

Que interesses estiveram por de trás do actual casino de Lisboa? Que interesses se moveram para não deixar construir o casino no Parque Mayer? Foi o que se passou mais tarde com o governo uma paga por Santana Lopes ter ido contra esses supostos interesses?

Acho que sobre estes temas há muito por explicar e não vejo nos media a preocupação para os explicar. Já há uns tempos atrás tinham isso sim urgência em descredibilizar um governo e antes o casino por motivos ainda hoje desconhecidos… ou não.

Wednesday 23 May 2007

Ditadura das Bananas

Afinal parece que os comentários do professor que foi suspenso de actividades não se deveram ao canudo tirado na farinha amparo – palavras de Marcelo Rebelo de Sousa – mas sim ao ter dito o seguinte:

«Estamos num país de bananas governado por um filho da puta de um primeiro-ministro»

Se houvesse processos e suspensões cada vez que um português diz “filho-da-puta” nem no ano 7534 estavam os processos todos resolvidos. Decididamente estamos a entrar por caminhos muito próximos do antigo regime.

Tuesday 22 May 2007

As Verdades Inconvenientes

Finalmente o nosso primeiro-ministro falou verdade. Aqui vai o excerto do discurso:

«Quero deixar-vos também uma palavra de confiança, confiança em vós, nas vossas famílias e a certeza que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre... perdão, para um país mais solidário, mais próspero, evoluído»

Só pecou em ter corrigido a verdade e começou a tocar a cassete repetida típica do seu partido a falar do país solidário, próspero e evoluído. Foi pena, até porque estes adjectivos estão mais que gastos.

Fazendo uma análise ao caso, concluímos que a Central de Comunicação fez o seu papel e abafou o caso como já tem feito com outros assuntos. Aliás é curioso constatar que se isto fosse no tempo do Dr. Santana Lopes era motivo para o PS vir falar logo em trapalhadas, em tentativas de censura e outras coisas mais. Mas como agora o primeiro-ministro é o Doutor Engenheiro Arquitecto e Técnico Pinto de Sousa está tudo bem, a comunicação social vai falando da pequena Madie, de Lisboa e do futebol. Enquanto isso temos a maior taxa de desemprego desde há 21 anos atrás e os pseudo analistas ainda têm a distinta lata de dizer ao Zé Povinho que é positivo.

Denuncia em Massa

Bem, isto como as coisas andam, qualquer dia vamos todos presos.
Num país onde um professor, com 20 anos de serviço, é suspenso por ter feito um comentário sobre a licenciatura do primeiro-ministro, é certamente um país onde a democracia e onde os direitos, liberdades e garantias estão fortemente postas em causa.

Certamente que a directora regional da Direcção de Educação do Norte, sendo da cor politica do primeiro-ministro, lá a piada não lhe passou pela garganta e qual Conde de Monte Cristo decidiu fazer a sua pequena vingançazinha.
Faço um convite a essa senhora a ir a vários estabelecimentos de ensino, cafés e lojas por esse país fora e pode ser que encontre mais casos para denunciar. Já agora ouça também uma certa intervenção do ministro das obras públicas e denuncie o ministro também.

Estamos pior do que no tempo do fascismo, antigamente todos sabiam que não se podia falar contra o regime, hoje por enquanto ainda se pode falar mas eles já aí andam a escutar…

Monday 14 May 2007

Cheira a Lisboa

Não comentei nada sobre o que se tem passado em Lisboa, mas ao contrário de muita opinião que tenho visto, tinha especial gozo que Carmona Rodrigues se candidatasse novamente e ganhasse as eleições.

Muitas vezes os assuntos partidários falam mais alto, mas não nos podemos esquecer que Carmona foi eleito pelos lisboetas e é a eles que Carmona tem de prestar contas. Não vi manifestações na rua a exigir a demissão de Carmona Rodrigues e não vi a maioria da Assembleia Municipal em conflito. Ou seja, tinha todas as condições para cumprir o seu mandato até ao fim.

Acho que era bom que começasse a haver o hábito de deixarem as pessoas cumprirem o seu mandato até ao fim e então nessa altura serem julgadas pelos eleitores.

Thursday 10 May 2007

Negócios do Ouro Negro

Quero deixar aqui uma nota sobre o preço a que se pagam hoje os combustíveis.
É que sinceramente a comunicação social parece que anda toda aparvalhada no Algarve a fazer notícias de treta onde se chega ao cúmulo de transmitir reportagens dos canais estrangeiros para mostrarem que Portugal está a ser falado.

Enquanto isso, no país real estamos a pagar a gasolina ao mesmo preço de quando o petróleo andou no limiar dos 80 dólares por barril. Hoje, com o preço do ouro negro a 61,59 dólares por barril é uma vergonha estarem-se a praticar estes preços. E é bom não esquecer que entretanto está aí o Imposto sobre produtos petrolíferos a aumentar de novo.
O que me intriga é porque razão, este imposto está sistematicamente a aumentar, é que o imposto ao ser uma percentagem sobre o preço base, com o aumento do preço base da gasolina o imposto sobe automaticamente. Será que não basta já o aumento que os combustíveis têm sofrido!?

É claro que o estado lucra bastante com esta escalada de aumentos, talvez por isso tenham chagado à conclusão que o preço do sal era combinado entre os vários fabricantes – como se o sal fosse muito caro – mas não chegam à mesma conclusão no que respeita às gasolineiras.
Na vida ou há moralidade ou comem todos, neste caso parece que comem todos, excepto o povo claro, mas… quem é o povo no meio destes abutres todos?

Tuesday 8 May 2007

Tão Simples

No país do Simplex ainda é preciso esperar 2 meses pelo Bilhete de Identidade.
Magnifico. Que seria deste país sem o Simplex?

Monday 7 May 2007

Buracos na estrada - O que fazer?

Ainda sobre o post anterior, deixo aqui um texto retirado da AutoMotor que pode elucidar quem estiver a ler, sobre o que se deve fazer quando o azar nos bate à porta.

Danificar o automóvel. É o passo mais fácil. Dadas as condições de grande parte das estradas camarárias e nacionais, o mais provável é que todos nós, mortais automobilistas, nos confrontemos alguma vez na vida com uma situação destas. Não tem nada que saber, acredite. Um dia calmo, um buraco pela frente, um pneu furado e mais uma jante para reparação. Está feito!

Arranjar testemunhas. Não é a tarefa mais simples do problema, já que, por muito que os presentes no local gostem de opinar, poucos serão aqueles que aceitarão ser testemunhas e corroborar a sua versão. Insista, porém, porque se trata de um passo fundamental. Em último caso, chame a polícia para dar conta da ocorrência. Os agentes tudo farão para evitar comparecer - se não houver feridos. Mas se o leitor o exigir, estes não poderão evitá-lo. Não saia do local sem nenhuma testemunha.

Provas materiais. Arranje, se possível, algo de palpável que possa juntar posteriormente ao processo. É raro os cidadãos transportarem, diariamente, uma máquina fotográfica. Mas se tiver oportunidade, não deixe de guardar a recordação em papel, não só do estrago que o buraco - ou outro obstáculo - provocou em danos ao seu automóvel, como também do próprio protagonista da "agressão". Não falhe este passo, nem que tenha que se deslocar mais tarde ao local do "crime".

Pedir a conta. Que é como quem diz, pedir o orçamento. É fundamental quantificar os danos materiais provocados pelo buraco. Para isso, recorra ao seu mecânico habitual. E não faça caso se a entidade responsável lhe disser que apenas paga com base nos orçamentos de alguma oficina própria. O caro leitor não tem nada a ver com isso. E só tem de arranjar o seu automóvel no mecânico do costume. Já basta de prejuízos e incómodos

Pedir indemnização. É endereçar a conta a quem de direito. Passar para escrito tudo o que se passou, juntar as provas, testemunhas e orçamentos, dando seguimento ao processo. Não é o passo mais fácil. É por aqui que muitos queixosos desistem. Não o faça. Apure os responsáveis: se for uma estrada camarária, acuse a câmara; se for secundária, reclame com o IEP; se for uma auto-estrada, exija o dinheiro à concessão (à Brisa ou à Auto-Estradas do Oeste); e, se for nas pontes, veja a quem pertence a concessão. Se tiver dúvidas de quem é a jurisdição, recorra ao DR para ver o PRN. Está tudo lá.
Saiba ainda que a indemnização não se limita aos danos visíveis da viatura, mas também aos morais, e outros, como os gastos derivados pela paralisação da viatura. Faça os cálculos.
Aqueles casos que forem para tribunal, e em que a pessoa em questão não tiver condições financeiras, poderá requerer sempre o apoio judiciário na segurança social. Já agora, não se esqueça de fazer a reclamação em carta registada e com aviso de recepção.

Falar com seguradora? Poderá parecer um passo descontextualizado, mas é uma questão que se colocará a quase todos os envolvidos num problema desta natureza. Tenha presente que se tiver um seguro contra danos próprios - caso contrário a questão não se coloca -, a entidade responsável terá de pagar a indemnização, caso perca, à sua seguradora, e não a si, uma vez que foi ela que arcou com as despesas inicialmente. No fundo, passará a ser um caso entre a sua companhia e a entidade detentora da via pública. Um caso a ponderar, individual e serenamente.

Não desespere. Parta do princípio de que os responsáveis tudo farão para que a reclamação morra por si mesma - para que desista. Não lhes faça a vontade. Encha-se da paciência inabalável de Jó e espere o que for preciso. Até ter uma resposta - ainda que seja negativa - da entidade acusada, deverá demorar, em média, cerca de três meses. Há casos em que dura mais e outros em que demora menos. Mas retenha este período como o mais provável, se tudo estiver a correr a preceito. Mas, por mais que estes protelem a questão, em circunstância alguma deixe passar mais do que três anos até obter uma resposta, pois aí cairá no âmbito do direito cível, e perderá o caso, já que este prescreverá.

Saturday 5 May 2007

Estouro

Como não escrevo há algum tempo decidi agora deixar aqui um pequeno desabafo.
Dando seguimento aos tópicos “Ser Automobilista” e “Excesso de velocidade”, hoje foi a minha vez de como automobilista constatar a merda de país em que vivemos. Atenção, não é que eu não soubesse já disso, mas pronto é mais uma prova.
Vinha eu de noite de escola para casa quando numa curva meto 3ª fixo-me entre os 50 e os 60Km/h passo por um charco de água junto à berma e… estouro.
Pneu rebentado e jante com moça. Pelo menos do que vi durante a noite, espero que não hajam mais surpresas desagradáveis.

Obviamente que este assunto não vai terminar por aqui. Tem de haver responsáveis pelo estado de conservação das estradas e segunda-feira é mesmo isso que vou saber.

Não percam os próximos episódios.

PS: Mais tarde quero meter a colherada sobre os novos casos de Lisboa e das eleições madeirenses, mas hoje não me apetece fazer mais nada. Este fim-de-semana começou muito mal.