Tuesday 6 March 2007

Droga-te e não protestes

Antes de mais, tenho a dizer que manter um blog sempre actual não é fácil. Principalmente em época de frequências e exames.
Mas cá estou.

Neste espaço de tempo o aborto foi liberalizado, as casas de chuto ou injecção assistida – Em Portugal arranjam sempre um nome hi-tec para as coisas – são criticadas e desaconselhadas pelas Nações Unidas mas, já se ficou a saber que cá, vão avançar.
Queremos ser mais espertos que os espertalhões e sinceramente já que são para avançar como já há as “Porta Azul”, os “CAT” etc… Não era feio e até era bonito que abrissem um dessas salas na Assembleia da República e no palácio de Belém.

Por cá a luta conta a droga não passa de uma utopia, apenas se aposta em medidas de controlo de doenças potencialmente provenientes de atitudes de risco, como a SIDA, as Hepatites etc.. Por cá vão se apoiando umas associações e outras gastando dinheiro do estado para terem seringas à borla terem casas com assistentes sociais, psicologos, gelados, roupa lavada e todas as paneleirices e mais algumas (desculpem-me a expressão) tudo à borla. Podem roubar, podem fazer o que querem na via publica que são uma classe à parte e ninguém lhes toca, apenas para fazer a caridadezinha deprimente que em nada os ajuda.
Ou seja os incentivos que hoje há na luta contra a droga são apenas e só incentivos para não saírem dela. Talvez porque seja uma classe que não reivindica, não protesta e não faz nada, apenas quer a sua dose ao fim dia.

No extremo oposto estão muitas vezes idosos com pensões ridículas, que muitas vezes gastam metade da pensão por mês na farmácia, se têm que tomar insulina têm que pagar as seringas, que a outros são dadas, muitas vezes até são assaltados quando vão buscar a reforma e têm em alguns casos um Serviço Nacional de Saúde a ameaçar fechar as urgências da terra. E vem o ministro dizer que não fecha enquanto não houver acessibilidades. O ministro deve imaginar que os idosos têm todos carro ou meios de transporte eficazes para fazerem grandes deslocações e se calhar até deve pensar que a magra reforma de alguns pensionistas serve para cobrir as despesas da alimentação, medicamento e ainda por cima de deslocações a cidades mais distantes em transportes públicos.

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